terça-feira, 15 de julho de 2014

Um pouco do Teatro Elizabetano

Associado tradicionalmente à figura de William Shakespeare, o teatro isabelino ou teatro elisabetano (1558-1625) se refere às obras dramáticas escritas e interpretadas durante o reinado de Isabel I na Inglaterra (1533-1603), se estendendo até o final do reinado de Jaime I, em 1625, e até o fechamento dos teatros em 1642, durante o reinado de Carlos I, por conta da Revolução Inglesa. Esse período pós Reinado de Isabel e antes da  clausura dos teatros em 1642 é denominado Teatro Renascentista Inglês. 


Rainha Elizabeth I



Varias características fizeram do teatro elisabetano, depois do teatro grego e do teatro medieval, um fenômeno distinto do que ocorreu no resto da Europa, a começar pelo fato de os autores ingleses não terem uma obsessão em buscar temas clássicos greco-latinos como assunto para suas peças, pois sabiam que seu público estava interessado nos assuntos oriundos da história da Inglaterra. Não havia também uma separação entre o teatro sério, de inspiração clássica, e o teatro popular. Grandes autores ingleses trabalhavam com obras que deviam satisfazer gostos diversos. Por isso, havia a fusão de comédia e tragédia, juntando, assim, o trágico, o cômico e o novelesco. Além disso, Londres encheu-se de companhias teatrais que competiam entre si para atrair o público. Às apresentações compareciam todos os tipos de públicos, desde príncipes, gente de cultura, humildes artesãos, camponeses e crianças, para contemplar batalhas, crimes, paixões amorosas e divertidos desencontros, pois a entrada estava ao alcance de todos, porém com preços distintos. Quanto mais caro, mais conforto e visibilidade o espectador ganhava.
Inicialmente os grupos de teatro apresentavam em lugares improvisados e abertos, como pátios de hospedarias, e mais tarde, quando foram se estabilizando, começaram a construir os edifícios teatrais, que consistiam em uma construção muito simples, de madeira ou pedra, frequentemente circulares ou hexagonais, dotados de grande espaço interno. Ao redor do vão central estavam distribuídos balcões de bebidas e galerias. Abaixo algumas imagens dos teatros deste período:






Para construir uma personagem verdadeira, humanamente próxima a nós, não se considerava necessário utilizar grandes vestuários nem ser arqueologicamente fiéis aos fatos históricos. As companhias funcionavam sobre um sistema de repertório. Raramente interpretavam a mesma obra dos dias seguidos. Empregar atrizes estava proibido pela lei, e assim se manteve durante o século XVII, inclusive sob a ditadura puritana. As personagens femininas eram, então, representadas por homens. Mas isto não diminuiu o êxito das representações, como prova o testemunho da época e os contínuos protestos contra as companhias teatrais, por parte dos administradores puritanos da  cidade. A ausência de decoração e de "efeitos especiais" melhorava a concentração na expressão gestual, mímica e verbal dos atores. Não existiam interrupções entre um ato e outro, já que era escassa a cenografia. Os objetos cênicos davam a localização da ação. Apesar de ser popular, o teatro elizabetano tinha má reputação por conta das autoridades de Londres, que o proibiram na cidade, por isso que os teatros se encontravam do outro lado do rio Tâmisa, na zona de Southwark ou Blackfriars, fora das competências das autoridades da cidade.
Além de Shakesperae, outro nome conhecido da época é Christopher Marlowe (1564-1593), escritor e dramaturgo britânico.

Fontes: http://www.recantodasletras.com.br/teorialiteraria/1719601
http://pt.wikipedia.org/wiki/Teatro_isabelino
teatro ufpel

Por Juliano Bgass.

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