sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Estudo sobre o "Duplo" de ARTAUD

De férias na casa do Cassino, escutando o barulho do mar para inspirar meus estudos na arte da cena reli “O Teatro e Seu Duplo” de Antonin  Artaud. No decorrer da leitura me chamou atenção alguns trechos que irei colocar aqui como reflexão sobre minha pesquisa no “Olhar do Outro” e fazer conexões com as ideias de Artaud.

Descrevendo a apresentação do teatro da Balli, Artaud faz referência na expressão e gestualidade do espetáculo, principalmente das mulheres, ele descreve que no ato do espetáculo a face dessas absorvem e exprime poética, um exemplo disso é o trecho a baixo:

“O olho de sonho que parece nos absorver e diante do qual nós mesmo parecemos fantasmas”
“...de um estado de espírito faz um gesto, ...” 
“...tempestade física...”

Em meu fragmento do espetáculo "Olhar do Outro", onde em meio aos espasmos físicos e imobilidade de ações sobre um jorro do texto e a potência da voz e da respiração ativando no momento da apresentação reflito sobre meus estados em cena e como posso fazer links com essa leitura, acrescentando os mesmo em minha pesquisa e agrupando os conhecimentos do duplo em que Artaud se refere à cena.


Mais um trecho do texto onde percebo as ligações da nossa pesquisa:

“A questão da respiração é de fato primordial, ela é inversamente proporcional a importância da apresentação exterior. Quanto mais a respiração é sóbria e contida, mais a representação é ampla e dessa, substancial, sobrecarregada de reflexos”.  (ARTAUD, Antonin, pag.: 152)

“É possível ver esse espectro de alma como intoxicado pelos gritos que ele propaga, e se não fosse assim, a que corresponderiam os mantras hindus, a consonância, as acentuações mistérios, em que o subterrâneo material da alma, acuado em seus covis, vem contas seus segredos á luz do dia”. (ARTAUD, Antonin, pag.: 153)

“Saber que existe uma saída corporal para a alma permite alcançar essa alma num sentindo inverso e reencontrar o ser através de uma espécie de análogos matemáticos” (ARTAUD, Antonin, pag.: 154)

por Tatiana Duarte

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