Passagens Translúcidas

Como começou essa história?

   Há um tempo atrás, Alexandra Dias, coordenadora do projeto Boca de Cena, nos sugeriu algumas leituras como parte dos estudos. Então, escolhemos as que mais nos chamaram atenção e com elas, fizemos uma roda de contação. Interessei-me pela obra "O Castiçal" de Alfred de Musset e ao contar aos meus colegas de trabalho, eles gostaramn do trecho em que o amante esconde-se em um armário por horas a fio. Ficamos intrigados com essas imagens que surgiram, por exemplo, o homem saindo do armário depois de ficar horas na mesma posição e também as imagens de portas e tipos de passagens. Assim, do conto inteiro ficamos apenas com a ideia das portas.

   Certos de que queríamos trabalhar com essas possibilidades partimos para o período de experimentação que iniciou com pesquisas de lugares que correspondessem as tais passagens. Percebemos que a estética corria para o surrealismo, e aí a Xanda (nossa orientadora), trouxe-nos um livro com as obras do artista René Magritte.

   Desde então não houve mais dúvidas, esse era o caminho a ser percorrido. A partir das obras passamos para outra fase onde escolhemos algumas delas como ponto de partida. Trabalhamos com os lenços sobre a face como algum tipo de exploração de máscaras.

   Depois de captadas as imagens por alguns pontos da cidade de Pelotas, percebemos que nossa ação performática poderia ir muito além, ou seja, estudar essa intervenção da cena extracotidiana dentro do cotidiano, de maneira sútil que não agredisse o "espectador".

   Vale a pena observar nesse vídeo as reações das pessoas, pois trazemos algo "estranho" à seus olhos. E de que maneira isso interfere? O que pode significar a elas? etc. etc. etc.

Bom vídeo!!! Desfrutem e deixem sua opinião, ela é muito importante para nós.

Obrigada!

Post Tai Fernandes