
Através disso nos submetemos a práticas específicas em que usávamos os nossos próprios sonhos, num processo único de construção criativa. Geramos, com isso, materiais para a cena teatral ou até mesmo para outros trabalhos em arte, de forma que estávamos livres para nos apropriarnos da forma que quiséssemos de algo que, no fundo, sempre foi nosso.
Fizeram parte da oficina uma sequência que foi desde aquecimento, observação de imagens de Salvador Dali, movimentação livre inspirados por essas imagens, utilização da voz, exercícios energéticos, escrita textual intuitiva, contação dos sonhos e representação corporal de cada um desses sonhos.
Durante a parte em que estávamos nos expressando corporal e livremente pelo espaço do tablado, havia várias imagens impressas em folhas de papel, expostas no chão. Eram imagens surrealistas do
Salvador Dali. Nisso, a Tati nos orientou para que deixássemos ser atravessados por essas imagens, isto é, que nos permitíssemos associá-las às movimentações nossas que fossem surgindo. Dado certo tempo submersos nesse exercício, sem interrupções ela nos orientou para que deixássemos que o corpo emitisse sons que os movimentos pedissem.
Com isso, comecei a soltar uns sons meio anasalados mas ainda não senti que fossem naturais, até que, inspirado por uma imagem que parecia ser uma foto do próprio Salvador Dali, passei para uma movimentação espontânea que enfim me proporcionou uma sensação interna muito diferente do que estou acostumado a sentir, esta era dotada de uma força interna não racionalizada.
Nisso deixei o corpo se expressar vocalmente. Aqueles sons que eu emiti eram como se fossem falas, uma espécie de blablação que mais parecia um outro idioma; era uma voz meio enrouquecida que, quando expressa, simultaneamente meu corpo reagia tremulando. Naquele momento, percebendo que um material interessante estava vindo, segui explorando aquele movimento e sons por mais alguns minutos. No final da oficina, comentei com os colegas que tive uma sensação de reconhecimento daquela voz e sensação, me remetia a alguem mais velho, que resmungava alguma coisa. E que queria voltar a fazer este exercício para acessar aquilo novamente.
Através dos estímulos externos e internos atingimos uma cadama mais interior do nosso ser, expondo materiais ricos para criação cênica. A exemplo disso, saí pensando na construção de um personagem ativado por aquela matriz que acessei na oficina. Fiquei pensando bastante sobre as possibilidades para a cena através desse método e sugerí a Tatiana que, mais adiante, retomássemos a oficina mais uma vez. Acho que o que fizemos foi resgatar uma simbologia interna contida dentro de nós e transpô-la para a cena.
O exercício com as imagens: acessando uma matriz
Salvador Dali. Nisso, a Tati nos orientou para que deixássemos ser atravessados por essas imagens, isto é, que nos permitíssemos associá-las às movimentações nossas que fossem surgindo. Dado certo tempo submersos nesse exercício, sem interrupções ela nos orientou para que deixássemos que o corpo emitisse sons que os movimentos pedissem.
Com isso, comecei a soltar uns sons meio anasalados mas ainda não senti que fossem naturais, até que, inspirado por uma imagem que parecia ser uma foto do próprio Salvador Dali, passei para uma movimentação espontânea que enfim me proporcionou uma sensação interna muito diferente do que estou acostumado a sentir, esta era dotada de uma força interna não racionalizada.
Nisso deixei o corpo se expressar vocalmente. Aqueles sons que eu emiti eram como se fossem falas, uma espécie de blablação que mais parecia um outro idioma; era uma voz meio enrouquecida que, quando expressa, simultaneamente meu corpo reagia tremulando. Naquele momento, percebendo que um material interessante estava vindo, segui explorando aquele movimento e sons por mais alguns minutos. No final da oficina, comentei com os colegas que tive uma sensação de reconhecimento daquela voz e sensação, me remetia a alguem mais velho, que resmungava alguma coisa. E que queria voltar a fazer este exercício para acessar aquilo novamente.
Através dos estímulos externos e internos atingimos uma cadama mais interior do nosso ser, expondo materiais ricos para criação cênica. A exemplo disso, saí pensando na construção de um personagem ativado por aquela matriz que acessei na oficina. Fiquei pensando bastante sobre as possibilidades para a cena através desse método e sugerí a Tatiana que, mais adiante, retomássemos a oficina mais uma vez. Acho que o que fizemos foi resgatar uma simbologia interna contida dentro de nós e transpô-la para a cena.
Lumilan Noda
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