Esse post faz parte de um trabalho que fiz para a disciplina de História do Teatro Brasileiro I e achei legal compartilhar o que encontrei.
Pelas
informações que consegui coletar, a primeira vez que a peça foi montada foi em
dezembro de 1942, pela “Companhia do Teatro Brasileiro”, no Teatro Carlos Gomes
– RJ, com direção de Rodolfo Mayer e cenário de José Gonçalves dos Santos. Os
personagens principais foram interpretados por Teixeira Pinto (Olegário),
Amélia de Oliveira (Lídia), Leila Lys (Inézia), Rodolfo Mayer (Umberto),
e Isabel Câmara (Aninha).
Encontrei
uma crítica teatral que foi feita naquela época por Mário Nunes e publicada no
Jornal do Brasil em 11 de dezembro de 1942. Nela, Mário relata as impressões do
público em geral em relação a obra. Segundo a crítica, essa inovação de Nelson,
voltando a atenção ao interior dos personagens e seu psicológico, não foi bem entendida
pelo público, que achou a peça muito monótona, com pouca ação. A interpretação
dos atores foi homogênea. A grande maioria não gostou do que assistiu, pois
pareceu maçante a peça, a aparição da mulher paralítica que não tinha ação
nenhuma em cena não foi bem vista pelo público, assim como as aparições de uma
“menina fantasma” não foram entendidas pela maioria. Até os figurinos foram
criticados: todos esperavam que a menina fantasma e o mendigo aparecessem com
roupas escuras, típicas de defuntos, mas na verdade apareceram com roupas de
cores normais. Também foram criticadas as ações dos personagens, onde todos
acharam que a obra passou da realidade, o ser humano não agiria dessa maneira
na vida real.
Outra de suas
encenações relevantes e que obteve boa repercussão
foi a que ocorreu no ano de 2000, por José de Abreu no papel de Olegário, e Luciana
Braga interpretando Lídia, em um período que os textos de Nelson Rodrigues eram
muito utilizados, principalmente no eixo Rio-São Paulo. Eles se apresentaram no Teatro Nelson Rodrigues
– RJ, e depois seguiram em turnê nacional.
Por Juliano Bgass.
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