Carregamos em nossas ações, em nossos argumentos e em nossa forma de expressão uma série de codificações, ou seja, uma série de informações que nos foram transmitidas ou adquiridas.
Pode-se dizer que o mesmo acontece com o teatro, partindo do princípio, que o teatro é feito por homens e, portanto também de política, pois essas idéias ou ideais não são dicotômicos.
O teatro, por ser um veículo que se comunica com o espectador, faz com que mensagens ou signos cheguem até ele podendo influenciá-lo ou instigá-lo em sua vida pessoal ou profissional. Muitas vezes essas mensagens são decodificadas ao longo dos dias, no caso, pós- espetáculo.
Política é uma posição, uma postura, uma ferramenta e, nesse sentido, não há espaço para a “não-expressão”, para a “imparcialidade” ou para a “inexpressividade”, pois a palavra, o gesto e a ação revelam situações históricas ou contextuais que criam um elo com o espectador no momento em que permite tal leitura do que lhe é apresentado.
Não há como afirmar que o teatro não é politizado, pois a política está em tudo, porém, é nítido que muitos grupos ao invés de manifestar sua posição ideológica preferem semear no espectador tal reflexão. O que é, na verdade, uma decisão política e crítica, que estimula, que forma opinião.
Em suma, podemos dizer que esses dois mecanismos: Política e Teatro, estão interligados como ferramentas que se completam em si.
Podemos classificar grupos que carregam essa politização mais nitidamente, como podemos também assistir um espetáculo sem conseguir classificar imediatamente seu conteúdo e forma, mas se dedicarmos nossos estudos ao período histórico da obra ou do autor, certamente conseguiremos classificar questões políticas que vão muito além do que se refere a governo ou partidos políticos.
O que vocês pensam sobre isso?
Deixo claro, que nesse texto, procurei me abster de teóricos.
Apenas reflexões para exercício da mente e da escrita.
Postagem de Tai Fernandes, graduanda do curso de Teatro da UFPel.
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