quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Relato a partir da vídeo- instalação na triCOTADA


   O Boca de Cena está, nesse momento, debruçando-se sobre vídeos mais antigos para finalizá-los e poder dar início a um novo ciclo. Estamos loucos para criar de forma mais artísticas, ou seja, a partir das nossas leituras de férias estamos agora pensando em como transpô-las para teatro e vídeo. As possibilidades de cenas que estão surgindo já nos trazem ideias de novas performances, curtas e vídeo-instalações.
   Nossa primeira vídeo-instalação foi na triCOTADA e tivemos uma resposta bem posivita acerca de nossa proposta. E aqui, quero deixar um escrito do querido Fabiano, do Coletivo Arteir@s, que passou pela mostra e deixou seu relato por escrito para nós.
   Aí vai:

O Yoshi oida (Ator do grupo do petter Broock) Fala de um princípio do nô:

A Forma (Tai) e a essencia (Yu)

Se a lua é a forma básica e unica o luar é sua essencia que não se repete. Ou seja: A lua sempre se repete... O luar pelo contrario eh um fenomeno do aki e agora.

Como no haiku a seguir:

Se tai é flor
e yu eh florir
o que faz um ipê o chão colorir

A partir deste princípio vamos analisar a video performance....

   Na vídeo instalação apresentado na tricotada percebemos um deslocamento do atuador em relação a performance numa desconstrução do elemento atuador na representação. O teatro na sua forma tradicional  coloca o atuador em estado de presença através de diversos meios sejam eles: o treinamento ou mesmo o jogo teatral. Tudo isso com um fim de criar uma cumplicidade entre o encenador e o espectador. O teatro em sua essencia é a arte do aqui e agora é o fascinante jogo da cena transitória do que não se repete
   A proposta da instalação sugere uma outra proposição: O corpo do atuador está sendo projetado em uma tela numa representação q se repete constantemente, sugerindo uma presença constante no elemento atuante gerando uma constante binária que só se propaga no exato momento virtual desconstruindo determinadas convenções da encenação. Nesta vídeo instalação o público adquire os princípios do atuador, ou seja: O mesmo é convidado a participar e interferir. Modificando e interagindo com o elemento atuador (virtual). O espectador adquire caracteristicas e princípios do performer atuando modificando e interferindo na encenação previamente gravada e repetida incessantemente como vídeo instalação".

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