segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Espetáculo "Quando Envelhecemos"

Quando Envelhecemos é uma reflexão dos atores performers sobre o tempo a partir do envelhecer, em analogia com o próprio movimento da vida. Portanto, o centro não só é a velhice, mas também o que faz efeito em todos nós. O espetáculo faz uma viagem indo ao passado pra se dar conta do mundo presente. Os atores dão vida e sentido a elementos e símbolos que se abrem para o reconhecimento de suas questões e identidade, estas, refletidas em seus traços. 



Trazendo para a cena teatral a representação de memórias e histórias que permearam o imaginário dos atores, a dramaturgia do espetáculo se constituiu não apenas de material autobiográfico, mas inspirada também por histórias durante a pesquisa na cidade Herval, esses fizeram relações orgânicas com a cidade na criação do trabalho. Desse modo, o espetáculo traz consigo a ideia de reverberação do tempo e das memórias que nos habitam.

O espetáculo foi criado a partir de pesquisa desenvolvida na cidade de Herval em ressonância com as narrativas autobiográficas dos atores da Cia teatral Olhar do Outro. Durante a pesquisa a Cia também desenvolveu duas oficinas teatrais abertas à comunidade sobre Conteúdos Teatrais e Processos de Criação, além de dinâmicas de sensibilização com idosos no Lar do Idoso.

Ficha Técnica

Direção: Lumilan Noda e Tatiana Duarte
Orientação cênica: Roberta Alves
Elenco: Lumilan Noda e Tatiana Duarte
Dramaturgia: Criação coletiva a partir de narrativas autobiográficas do grupo
Cenografia: Chico Maximila 
Figurino: Bianca Dornelles 
Concepção e operação de luz: Thiago Rodeghiero
Vídeos: Thiago Rodeghiero

Realização Cia Olhar do Outro.
Financiamento: Procultura RS

O quê: Espetáculo teatral Quando Envelhecemos
Onde: CTG Minuano, em Herval
Horários: Em duas sessões - às 18h e às 20h
Ingressos: Entrada franca com retirada de senhas a partir das 17h no CTG Minuano
Classificação: Livre






Fotos: Júnior Martins

Por Juliano Bgass.

domingo, 14 de dezembro de 2014

Desbravando o universo da leitura


Recentemente descobrimos um blog sobre livros, que diferente de muitos, esse nos incentiva a ler e adquirir cada vez mais cultura, o blog da dica de hoje é o MAISUMCAPITULO.COM que além te dar dicas e mostrar opções de leitura de vez em sempre vem sorteando livros e mais livros. Se você quer ser introduzido no mundo da leitura de uma maneira fácil ou apenas começar a expandir sua bagagem histórica e lúdica, mesmo que nunca tenha gostado de ler, tá aí uma boa maneira de começar!

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Evento de performance no Monjolo café

Nessa quinta-feira, 27 de novembro ocorrerá um evento de performance nascido das experiências da turma do ateliê de performance com o prof. Chico Machado, o evento é aberto para todxs que queiram se apresentar e experimentar, mas ocorrerá também uma amostra da turma que cursou a disciplina. venham todxs, o endereço se encontra no cartaz abaixo.




postado por Bruna dos Anjos

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Começaram hoje as atividades promovidas pelo movimento OCA ( ocupação coletiva de arteirxs) no bairro porto de Pelotas.


OCUPAÇÃO COLETIVA DE ARTEIROS (OCA)

Sentindo a ausência e a necessidade de um espaço como ponto de integração que estimule esse novo momento cultural que a cidade está passando, HOJE começa a vivência no antigo Bataclã (casa nº13 em frente a praça da Alfandega), será uma semana de experiências, intervenções, shows, oficinas, rodas de conversas, encontros e planejamentos para que se crie a partir de então esse espaço que será usado como uma ferramenta para entendermos nossa atuação local. Conectando pessoas que fazem parte dos novos movimentos e cenários da cultura, aproximando diferentes linguagens artísticas, ampliando assim as conexões e potencializando a realização desse movimento. A ocupação do espaço em desuso fomenta a troca, a partilha, a construção coletiva, a diversidade, o desenvolvimento de autonomia. Indo além de um evento, mas um processo contínuo de transformação.


OFICINAS QUE VÃO ROLAR. (calendário aberto a inscrição)

DIA 17

16h - TECIDO AÉREO

19:30- IRMANDADE BUFO




DIA 18

15H - FILTRO DOS SONHOS

16H - ESSÊNCIAS AROMÁTICAS

17H - MACULELÊ

20H - IRMANDADE BUFO




DIA 19

15H - INTEGRADO AO PORTO DAS ARTES CORTEJO COM DONA SIRLEI, GRUPO DE PERCURSÃO, PERFORMANCE DO NALS E IRMANDADE BUFO

(do canal são gonçalo, quadrado, chegando no prédio da brahma)

16H EXPRESSÃO VOCAL

18H - YOGA


E esse é apenas o começo de um movimento que se pretende seguir

COLA JUNTO QUE A PORTA JÁ ESTA ABERTA... ocupe com toda a sua arte pois aqui o que não falta é espaço!!!
postado por Bruna dos Anjos 

sábado, 15 de novembro de 2014

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Medo - Qorpo Santo

Ja tive eu  medo de trovoada; 
Hoje só tenho da minha amada!

Ja tive medo de grandes rompantes; 
Hoje só tenho das ternas amantes! 

Ja tive medo de mágoas,  de dores;
Hoje só tenho dos meus amores! 

Ja tive medo de câncer,  feridas;
Hoje só tenho de minhas queridas! 

Ja tive medo de guerras, batalhas;
Hoje só tenho de gentes bandalhas!

Ja tive medo de cobras , de bichos;
Hoje só tenho de certos caprichos! 

Ta tive medo de touros, cavalos;
Hoje so tenho de certos badalos!

Ja tive medo dos rios, dos mares;
Hoje só tenho e certos gozares!


Ja tive medo de privações sofrer;
Hoje nao tenho nem mesmo de morrer!

Ja tive medo do mal, do perverso;
Hoje só tenho do Deus do universo. 


Por Juliano Bg.

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Roda de conversa e exibição de documentário sobre Somaterapia no Artcidade criativa dia 06/11

Somaterapia ou Soma a grosso modo é uma técnica criada pelo escritor e terapeuta Roberto Freire em tempos de ditadura no Brasil e tem como espinha dorsal os métodos de terapias corporais de Wilhelm Reich, aspectos políticos cotidianos do anarquismo, capoeira de angola e teatro. Trata-se de uma terapia para libertação de corpos, corpos que segundo pressupostos teóricos de autores como Michel Focault são o alvo central dos processos de disciplinarização e docilização por quais somos atravessados na vida em sociedade, uma série de repressões às quais acabam por limitar e eliminar as potencialidades de cada indivíduo e que são únicas. Divulgo aqui essa roda de conversa porque participei no dia 1/11 de uma oficina sobre soma com o mesmo grupo e identifico nessa técnica um instrumental a ser aproveitado por todos nós que de modo geral não escapamos a esses processos repressivos e mais especificamente pelo teatro curso que faço parte, pois penso no teatro como uma ferramenta de libertação que passe pelo corpo afinal o corpo é nossa principal arma política.

Foto: Semana que vem 06, QUINTA-FEIRA, estamos cheios de atividades na Casa ArtCC!
Entre elas, uma Roda de Conversa e um Documentário sobre Somaterapia. Não sabe o que é? A curiosidade é um dos fatores principais da criatividade.

Saiba mais sobre o SOMA nesse link: http://www.somaterapia.com.br/

Evento: https://www.facebook.com/events/1571799469707780/?ref_newsfeed_story_type=regular
Saiba mais sobre o SOMA nesse link: http://www.somaterapia.com.br/O Artcidade criativa se localiza na rua Uruguai, 1082, entre as raus Alberto Rosa e Álvaro Chaves
postado por Bruna dos Anjos

sábado, 1 de novembro de 2014

Idas a Herval e suas observações: Histórias




A "Cia Olhar do Outro" que surge na UFPEL, dentro do projeto Boca de Cena e esta com uma nova montagem: "Quando Envelhecemos". Esse processo de montagem está sendo realizado na cidade de Herval, de onde um dos integrantes, Lumilan Noda, é natural. A ideia do projeto é mesclar as cidade de Rio Grande e Herval de onde os dois atores são naturais e com isso misturar as culturas que cada um tem como forma de processo artístico em cena. Os serros de Herval e as dunas de Rio Grande estarão em cena.

As histórias que o pai do Lumilan fala diz muito sobre o passado e presente. A grande maioria dos comércios tem o nome próprio: Fernanda Pizzaria, Mara Hotel, farmácia do Godinho, todos conhecem seus proprietários e com isso fica mais fácil de indica-los. Os hervalenses falam os seus nomes completos: Lumilan Noda Vieira.

Por lá passaram todas as grandes cicatrizes gauchas: revolução farroupilha, revolução de 23, ditadura, movimento de legalidade (onde o Brizola encabeçou este movimento e foi cassado pela ditadura).
Herval sofreu a ditadura militar de maneira muito ativa, é uma cidade "pelejadora", atuando contra e em prol dos rebeldes.
Herval remói e vive intensamento o passado, sinal de que este foi importante, esta cidade fronteiriça com o Uruguai ainda tem um passado forte.

Algumas frases que compõe passagens da montagem:

"Vó por parte de pai plantava os umbigos no pátio para sempre ter os parentes próximos, minha mãe guarda os dentes em um potinho." (Thiago)

"Ai nem sei se tem mais os umbigos lá, mas sei que a gente tinha que tirar para dar para as mães."

"Sentimento de coletividade, "Herval não vai para frente".

Dentro de nossas passagens e idas a Herval podemos ver que o tradicionalismo é tão forte que as pessoas são conduzidas. Lembramos da lida do campo (gado), sem ter tempo para papear e pensar sobre a sua história quando estão reunidos em grupo.
Herval por muitas vezes reproduz uma história que nem sabe se é verdade, contos se eternizam por anos na mente e nas crenças da população.
“Quem conta um conto aumenta um ponto”...





Algumas impressões e ideais para cena

Aqui estão algumas anotações que fiz e ensejos largados e soltos sobre minhas impressores das coisas que vi e presenciei, este texto pode estar confuso, ele é uma livre interpretação e exposição de tentativas de construir uma narrativa não linear sem compromisso com uma verticalidade.


Hermes Herval, um personagem forte da cidade que desde juiz de cantantes juvenis também narra na rua com microfone convite para festa ou convite para enterros. Este tipo de pessoa está sumindo aos poucos e com isso os atores pesquisam esse tipo de vocalidade.
Cena do menino com mão no bolso, tirar e colocar a mão do bolso, cultura nativista, fala sobre expressão corporal em que o jurado reprime a ação dos guris. 
Aline, ela é o contraponto da gente, ela se urbanizou e voltou para cidade, Porque que voltam a Herval?

A cidade tem muita resistência com o novo de que o novo vai apagar sua história.

Clarecí - eu vou escrever uma peça de teatro para ti, o nome da peça que Clarecí escreveu para Lumilan “Casa de bonecas”.

Mentalidade de própria repressão sobre comportamento em Herval;
O que os outros vão dizer?
"Eu to com frio, mas vou sair de moletom porque o que os outros vão dizer?"
"Honra essas bolas que tens no meio das pernas... do gaúcho. Futebol é pra homem."
O que queremos falar? 

Lumilan - Quando envelhecemos me diz sobre um medo de envelhecer, e como eu acho isso injusto, das coisas terminarem se degradando. É impossível não se falar de morte, sentindo da vida e pensar em o que é a vida, como é difícil não ter certeza de nada.
Tatiana - Uma relação de percepção de tempo, que tempo é esse, de amadurecimento, de definhar, de amadurecer até definhar, e que isso é parte da vida né. A vida no sentido de existir no mundo, fazer parte do mundo e depois de dissipar.  Essa permissão de ser mais velho também, porque as vezes me parece que ser velho não é possível, agora nesse momento, ser jovem é mais importante... ai velho é uma coisa ultrapassada, parece que as pessoas velhas não tem mais importância, e aí então gera essa cobrança, a gente ta sempre se transformando corporalmente pra ser jovem, sendo que faz parte da natureza envelhecer. A gente ta num momento em que ser velho é não ser mais útil a sociedade, parece que acabou a minha contribuição. Essas camadas do nosso quando envelhecemos tem essa coisa da galera em nossa volta, tipo família, amigos, conhecidos... todos estão fazendo parte de uma forma ou outra desse envelhecimento, pois isso é uma coisa que vai acontecer pra todos nós, se a gente não morrer antes é claro.

O que é ser útil?

Por que se precisa ser útil? Necessidade que o ser humano tem em se sentir útil. Em Herval, quando eles deixam as pessoas serem úteis? Condução excessiva por um comportamento.

Cenas

1)    O cara radialista, inspirado no cara do CTG, que narra os acontecimentos. Microfone. Possibilidade de ele servir como um elo condutor. Cara de Alice.
2)    Lumilan - Contar história enquanto toco gaita como recurso. Contar história do meu tio com a gaita. Bombacha, alpargata, boina, lenço e camisa, cores: marrom, cinza, cor crua, couro, azul marinho, vinho.
3)    Lumilan - Contar história do avô, caminhonete, sangue. Sangue é lã da baba antropofágica.

4)    Cena contando história com objetos, fazendo morrinhos no chão com erva mate “aqui está Herval, uma cidade no meio dum monte de morrinhos”.

5)    Tatiana na Roca com o vestido vermelho, com o texto que resgatou no dia que foi visitar sua vó.

6)    Tatiana faz movimentos em desequilíbrio na bacia vestida de homem. Pode ter projeção.

7)    Tatiana, fotografia projetada no não-movimento com os brincos. Brincos na boca.

8)    Canções de ninar. Qual a primeira música que tu ouviu? Da oficina que a tati fez com a vick.

9)    Um Hermes Herval o juiz das cantantes juvenis, que narra na rua com microfone  -Convite para festa ou Convite para enterro... pesquisar uma vocalidade.


10) Cena menino mão no bolso tirar e colocar, cultura nativista, falar em expressão corporal onde jurado reprime a ação dos guris. 

11) Cena do convite para enterro do Lumilan na voz do Hermes, quando meus pais brigavam comigo eu ficava imaginando como seria se eu morresse, as pessoas chorando por sentir a minha falta.

12) Meu nome é Tatiana porque quando eu era pequena minha mãe... contar uma história, aí a pessoa grava o teu nome a partir da história e não simplesmente pelo nome. Meu nome Lumilan tem o seu nome porque seu pai achou em um livro antigo de história indígena esse nome e o colocou no pia. 

13)  Áudio vó de Lumi contando historias sobre as brincadeiras com as boneca, em cena possibilidade; de uma animação de boneca projetada e o ator dançando o áudio e se misturando com a projeção. Relação casa de bonecas que é o texto teatral que a professora clareci deu pro lumi, sendo que ele nunca montou porque nunca soube como montar. Aí ele monta a cena com bonecos, inspirado no que ele lembra e na historia da casa de bonecas que sua avó lhe contou. Pois só agora, com referencia de uma história contada por sua avó é que ele conseguirá montar. No teatro eu aprendi que tudo o que a gente for fazer tem que ter verdade, tem que ser de verdade, por isso não fez sentido pra mim o texto naquela época, e eu acabei esquecendo. Agora, essa história da minha vó é verdade que eu preciso pra montar a cena. O texto da Casa de bonecas: Todos os dias, uma menina passeava com a sua mãe e cruzava em frente a uma loja onde tinha uma boneca. A criança sempre que passava na frente da loja pedia para a mãe para que ganhar aquela boneca de presente, mas a mãe não tinha dinheiro e dizia para a filha que não poderia comprar. A menina então, passou a apertar os olhos toda a vez que passava em frente a loja. Um certo dia, quando menos esperava a menina ganhou da mãe a boneca e, para a sua surpresa, a boneca falava, andava e cantava música.


Cronograma de atividades:
Qual é a cor? Lumi –Pele, madeira, verde grama, verde erva mate, amarelo de bem me quer, vermelho.
Tati – Verde mato, azul céu, vermelho bife, marrom couro, marrom cor de galinha caipira, branco, flitz.
Qual é o cheiro? Lumi –Erva mate, esterco de gado, milho, carne assada, cebola assada, sabonete, perfume de vó, naftalina, pão feito em casa, doce feito por vó, fumaça de caminhão, flitz.
Tati –Cheiro de estábulo, mato pós chuva, pão feito em casa, perfume de vó alfazema, café passado na hora, fogão lenha, sabonete Fhebo, fumaça de fogueira.
Qual é o gosto do espetáculo? Lumi –Ambrosia, doce figo, pêssego com bicho, cebola assada, churrasco com sal grosso, cachaça.
Tati –arroz com leite, doce de abóbora com cravo e canela, café preto, arroz com feijão, pão feito em casa, churrasco, cerveja, vinho.    
Qual a musicalidade do espetáculo?
Tati: ruídos quaisquer, fala das vós, violão, teclado, gaita, Teixeirinha, água, cachoeira, copo, mar, navio, trem.
Lumi: gaita, violão, ruídos de ambiente, pássaros, carros, patas de cavalo, rádio, música A desconhecida, teclado, água, talher que bate na louça, tosse, xixi.
Que objetos?
Tati: roca, vestido vermelho, roupa masculina, bacia, brinco, cadeira, projeção, máquina de fumaça, instrumentos, copo com água, café passado, arroz e feijão cru, mochinho, fotografia, mini tearzinho, caixinha, gaiola, moldura.
Lumi: gaita, violão, vidro de perfume, cadeira, banco, bombacha, camisa, buena, teclado, alpargata, sabugo de milho seco, osso, máscara azul.    
Práticas corporais: aquecimento para levar a um estado, vocalidade-corporea; filmar as ações;
Falar vinte minutos sem parar, momentos de parar para escuta o outro;
Contar histórias sobre como seu nome surgiu;
Lembrar de canções de ninar e colocar 3 ações para essa canção;
Ir para as cenas;  

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Espetáculo Experimento Zaúm



Sobre a Vídeo Arte do espetáculo, a pesquisa também partiu da ideia de desenraizamento, tema central da peça. Para a primeira interferência imagética, a partir desse tema começo-se a busca de imagens e videos que tivessem formas de desenraizamento humano, como por exemplo símbolos ligados a lutas populares como movimento negro, movimento feminista, imagens ligadas a ditadura, o nascimento, a evolução do ser humano, o relógio e a questão do tempo, a pressa, o trabalho, transportes, a natureza, a televisão, etc, desenraizamentos que já aconteceram ou que precisam acontecer.



Todas essas imagens são pensadas e relacionadas à mudança de vida, de ideologia, ruptura de barreiras, tomada de consciência. Após ser levantado um vasto repertorio de imagens, foi feita então a seleção das que mais provocavam um efeito visual interessante, a ponto de não chamar mais a atenção do que os próprios atores.



A intenção também é criar um corpo diferente, através das linhas e traços que são projetados em cima dos atores, quebrando formas e construindo outras. As curvas dos corpos, juntamente com as projeções formam uma espécie de caixa mágica, contendo criaturas desconhecidas.

Para a segunda interferência imagética, na cena dois atores tratam do gênero, homem e mulher. Pensei então na contaminação, na troca que ambos fazem, no que que é e está condicionada muitas vezes a relação entre ambos na sociedade. A contaminação é simbolizada pelas tinas, azul e vermelha, tomando os corpos de ambos. Enquanto a cena esta acontecendo, como pano de fundo as projeções interferem e formam diferentes sentidos.




O experimento ainda está em cartaz, e acontecerá nos dias 29 de outubro e 1, 2 e 5 de novembro, no prédio do Teatro, rua Tamandaré, 301, as 20h30 min. A entrada é franca.

Por Juliano Bgass.